sexta-feira, 7 de março de 2008

O Apocalipse dos Maias


DECIFRAÇÃO DO “CÓDICE DE DRESDEN”

Entre os sacerdotes maias avançadíssimos estudiosos da astronomia,os sofisticados cálculos de seus calendários eram uma ciência secreta:neles estavam contidas as previsões para o final deste século.Eles estão registrados em tiras de papel,denominadas códices.Os maias,dizem seus mais sérios estudiosos,jamais foram alarmistas,apenas realista:eles falam de sérias mudanças na física do globo.Planeta apresenta aqui um trabalho baseado em estudos profundo do prof.Franz Joseph Hochleitner.O calendário maia é considerado um dos mais exatos e completos da História.


Pistas na “Laje do Astronauta”

Muitos especialistas da cultura pré-colombiana acham que os maias desenvolveram um dos mais fantásticos, complexos e exatos calendários da História,pois a medição e registro do tempo tinham se tornado uma obsessão para eles. Outros cientistas discordam dessa posição,julgando-a um tanto simples e ingênua,e acreditam que os maias assim o faziam por um imperativo escatológico,isto é,por causa das coisas que haveriam de acontecer no fim do mundo.Eu me incluo entre esses últimos.No sentido de melhorar essa posição,cito um pequeno trecho da obra La Conciencia Histórica de los Angiguos Mayas,de Mercedes de la Graza,onde o arqueólogo Alberto Ruz Lhuillier,descobridor da tumba da Pirâmide das Inscrições,nas ruínas de Palenque(a famosa “Laje do Astronauta”),diz no prefácio:”A preocupação por precisar,de forma para nós exagerada,o aspecto cronológico da informação histórica,o afã de situar os fatos ocorridos com absoluta exatidão dentro do tempo obedecem ao conceito cíclico que os maias tinham do devir histórico,derivado de seu conhecimento do ritma recorrente do movimento dos astros no firmamento.”Deixar às gerações futuras o relato das coisas que se sucederam,fixando-as perfeitamente em um sistema calendarial de assombrosa precisão,era,não só advertir-lhes do que ocorreria séculos mais tarde,senão proporcionar-lhes a possibilidade de tratar de conjurar a repetição das desgraças passadas.”
Todos aqueles que desejarem pesquisar,na cultura maia e asteca,os aspectos apocalípticos terão que recorrer a quatro fontes básicas:
1) Crônicas e lendas,como as profecias dos anos Tuns,os livros do Chilam Balam de Tizimi,Mani e chumayel,os Anais de Cuauhtitlan e a lenda dos quatro sóis(Códice Chimapopoca), e indiretamente o Popol-Vuh(a bíblia maia);
2) Indicações astrológicas e proféticas nas inscrições lapidares(escritas hieroglífica encontrada nas paredes das construções pré-colombianas) sobre a data em que termina o grande ciclo calendarial maia;
3) Indicações astrológicas e proféticas da famosa Pedra Solar asteca;
4) Indicações astrológicas e proféticas baseadas em cálculos astronômicos,apoiadas na tradição cultural maia e que estão contidas em tiras de papel denominadas códices.São três os códices mais;dos muitos astecas,dois se destacam- o Códice Chimapopoca e o Vaticanus 3773.Vamos discorrer sobre um dos códices maias neste artigo:o de Dresden.

Nas Selvas da Guatemala e Honduras se escondem as ruínas de um povo que atingiu a mais alta cultura na américa pré-colombiana – a dos maias. E nessas ruínas se escondem ainda segredos profundos e importantes em milhares de hieróglifos talhados em peças de madeira e nas paredes,tetos,escadarias de templos e pirâmides,bem como nas estelas(lajes comemorativas da mudança de governo entre os maias que eram erigidas de 20 em 20 anos,obedecendo a um ciclo denominado Katun). Porém não é somente nas construções que existem textos: há também três manuscritos que milagrosamente foram preservados da destruição gerada pela colonização espanhola no século XVI,denominados códice Peresianus ou de Paris, Códice Tró-Cortesianus ou de Madri e Códice de Dresden(Alemanha)-todos eles com nomes das cidades em cujos museus estão guardados. Os profundos segredos acima mencionados são ainda um mistério porque a língua maia não foi satisfatoriamente traduzida.



Texto retirado da Revista Planeta,
Número 130
Págs.: 34 a 43

O Apocalipse dos Maias



VIENA 1739: SURGE O “CÓDICE DE DRESDEN”

O Códice de Dresden foi descoberto em Viena,em 1739;desconhece-se como ele foi parar naquela cidade.Mais tarde,foi adquirido pelo bibliotecário Goetze,da Biblioteca de Saxe,em Dresden.Tem 3,50m de comprimento por 20cm de largura e é confeccionado empapel-cortiça de uma figueira selvagem da América Central.Possui 74 paginas,dobradas em forma de sanfona,constituindo uma referência para os sacerdotes-astrônomos maias dos acontecimentos do passado a fim de que se pudesse calcular,por técnicas preditivas,os acontecimentos futuros,baseando-se nos ciclos e eras cronológicas.Não temos ainda uma idéia precisa de onde ele proveio e em que data foi escrito.A maioria dos cientistas acredita que ele foi redigido pelos maias-toltecas do lucata(época da grande decadência da cultura maia) aproximadamente em 1300 e que muito provavelmente é uma cópia de textos ainda mais antigos.Suas páginas(lâminas) estão divididas da seguinte maneira:
a) páginas 3 a 23(as duas primeiras páginas estão ausentes no original)-estudadas por Gates e Hochleitner,falam de cerimônias e mitologia(escatológicas;
b) páginas 24 a 46ª50-estudadas por Sir Eric Thompson(falecido,uma das maiores autoridades mundiais sobre os maias),falam do planeta Vênus.Vênus foi importantíssimo para os maias,tanto quanto o Sol e a Lua.Como ele possui uma reduzidíssima excentricidade orbital,seus ciclos são praticamente exatos;
c) páginas 25 a 28-também estudadas por Thompson,referem-se às cerimônias do Ano Novo maia;
d) páginas 29 a 45-idem Thompson,estruturam o calendário do agricultor;
e) páginas 51 a 58-estudadas por Thompson e Hochleitner,contêm as complexas tábuas de cálculo de eclipses(os maias chegaram ao ponto de indicar eclipses que realmente aconteceram,mas que jamais poderiam ser vistos na América Central);
f) páginas 59 a 60-onde estão as tábuas de multiplicação de 78 dias,provavelmente atribuídas a Marte,cujo período sinódico (tempo que leva um planeta para voltar à mesma posição no céu,em relação a um observador terrestre) tem 780 dias;
g) páginas 61 a 74-onde estão os enigmáticos Números das Serpentes,com calendários catastróficos e o fim do mundo(Apocalipse).Nosso artigo está inteiramente voltado para estas últimas páginas do códice.
Em resumo,o que nos propomos a apresentar é que o Códice de Dresden possui as bases matemáticas e astronômicas para se calcular a época do fim do mundo(no conceito maia).Essas bases estão nos Números das Serpentes e nas tábuas de multiplicação,bem como em três diferentes calendários dos usuais maias. A última página encerra esses acontecimentos,que podem ser ilustrados pelos deuses que o representem- uma deusa maligna com o poder de desencadear um dilúvio,e um deus guerreiro,sinal de que nessa ocasião o mundo estaria em guerra(mundial?).Esse evento poderia ser identificado pela posição de determinados planetas na Via Láctea,entre dois eclipses.
Centenas de cientistas(antropólogos,etnólogos,lingüistas,arqueoastrônomos e americanistas em geral) estudaram esses manuscritos em especial o de Dresden.Seus mistérios aos poucos estão sendo decifrados,mas o s chamados Números das Serpentes ainda enceram segredos.Duas perguntas necessitem de resposta:
1) Qual foi a razão pela qual os maias introduziram um novo sistema cronológico(chamado de Piktun-contagem) no seu já complicado calendário,modificando assim,aparentemente,a chamada Longa-contagem?
2) Qual é o sentido real dos Números das Serpentes e das datas adjacentes da Roda Calendarial?




Texto retirado da Revista Planeta,
Número 130
Págs.: 34 a 43

O apocalipse dos Maias

Júpter e Saturno:conjunções raras na Via Láctea

É no trabalho do prof.Hochleitner que está a resposta:”Por um lado,os sacerdotes mas queriam tornar os cálculos calendariais e astronômicos uma ciência apocalíptica e secreta,restringindo assim o conhecimento sobre o abandono das suas cidades e a ligação desses estudos com o suposto fim do mundo.Por outro lado,limitaram o acesso a esses conhecimentos a um grupo bem reduzido de adeptos ou iniciados.”
“Como pode ser constato,as datas dos Números das Serpentes incluem épocas maiores de até milhares de anos,que indicam um princípio e um fim em cada uma das duas datas situadas em cada desenho da serpente,que que são datas da Roda Calendarial, Interpretamos tais datas como o início do fim do povoamento de cidades maias.A crônica de Matichu(os livros de Chilam-Balam-obras proféticas maias),permite a determinação das dinastias dos Siu(um dos povos maias),governantes naquela época,cuja permanência em Chacnabiton coincide com as ditas dos Números das Serpentes,simbolizada por um coelho(692-868 d.C.)- o período de permanência) e,dos Itzás,que permaneceram em Chichem-Itzá na primeira fase de 672 a 692d.C. e que também coincide aproximadamente com as datas dos Números das Serpentes,que tem como símbolo um guerreiro.A permanência dos Itzás em Chakanputún(por mais de 200 anos) é registrada nos Números da Serpente,sendo o símbolo dos Itzás o Deus.
“A extensa profusão de hieróglifos astronômicos por todo o Códice torna evidente o aspecto astronômico - particularmente as conjunções de Júpter-Saturno,na Via Láctea,consideravelmente raras.Para os maias esses aspectos celestes tinham caráter apoclíptico:o fim da cada época de povoação seria astronomicamente justificado como uma espécie de fim do mundo,pelo fim de uma cidade,,por causa do êxodo do seu povo(Diáspora dos maias).Faço aqui uma pequena observação: diz a tradição maia que o fim do mundo se dará por um dilúvio e por abalos sísmicos.O dilúvio poderia ser a conseqüência de grandes terremotos,tanto continentais como submarinos, o que poderia provocar a formação de gigantescas ondas marítimas hoje conhecidas como tsunamis(um termo havaiano) e distúrbios atmosféricos geradores de grandes chuvas torrenciais.Todos esses fenômenos sincronizados são bem conhecidos dos geofísicos.Convidamos o leitor a dar uma olhada na página 74 do Códice,que confirma essa tradição.Outro estudiosos do Códice,Rolf Krusche,descreve essa ilustração da seguinte maneira:
“As potências catastróficas desencadeadas,que causam o dilúvio,são representadas por três figuras horripilantes.Abaixo da inscrição glífica se encontra o dragão celeste,que não manda a chuva benevolente,mas vomita torrentes de água destruidoras.Nessa obra de destruição não toma parte somente um deus negro,armado,mas também uma personagem feminina,cujo caráter hostil se acentua pelo toucado de serpente e pelos ossos cruzados na sua saia. Essa velha deusa,com garras de tigre é certamente uma imagem de Ix-Chel,a divindade das águas (Deusa I),sendo entretanto e ao mesmo tempo a deusa da gravidez,do parto e da Lua.Sua imagem aparece também em outras partes do Códice,como velha deusa hostil das águas.”
Outra observação:não considero o toucado da serpente da Deus I como maléfica,mas sim um sinal de um determinado tipo de divindade,que nos homens(sacerdotes maias)representava a inicia’~ao e a alta sabedoria.
Hochleitner continuou a análise do quadro apocalíptico da página 74. Ele cita os hieróglifos astronômicos dentro do dragão celeste e,abaixo do dragão,mais dos hieróglifos representando dois eclipses.
Ernst Forstermann,um empregado da Biblioteca de Dresden, conseguiu decifrar uma boa parte do calendário maia em 1887.Um ano antes,ele chegou à conclusão de que esses retângulos glíficos deveriam ser corpos celeste e que representavam conjunções ou agrupamentos significativos de planetas,assinalados por determinados eclipse.Os quatro glifos astronômicos representam então os planetas Júpiter,Saturno,Marte e Vênus.Para Hochleitner,a chave da profecia do fim do mundo está justamente na figura desse dragão celeste.Ele concluiu que o dragão e a personificação da Via Láctea,e quando os planetas acima mencionados estivessem transitando por ela(não necessariamente em conjunção) entre dois eclipses,os maias poderiam então esperar o fim do mundo,que estaria iminente.


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Número 130

Págs.: 34 a 43

O Apocalipse dos Maias


AS QUATRO FIGURAS VISIONÁRIAS:

Penso que o dragão celeste poderia ser a representação de um corpo celeste perturbador, cujas idas e vindas causariam grandes catástrofes. Essas crises seriam esperadas(o fenômeno seria obrigatoriamente cíclico),e me’todos de calcular essa época passariam a constituir uma preocupação não só dos sacerdotes maias como também de outras culturas.Existe uma insistência na tradição cultural do mundo antigo que liga esse suposto corpo astronômico com um dragão celeste.De qualquer forma,isso não invalidaria a análise de Hochleitner,mas sim enriqueceria ainda mais o assunto.
Deixemos momentaneamente os aspectos astronômicos para analisar esse apocalipse recorrendo ao panteão maia. É óbvio que o princípio mítico-religioso para o fim do mundo consiste na atuação dos deuses maléficos,como foi dito acima,na análise de Rolf Krusche.Hochleitner,porém,tem mais para nos dizer a esse respeito:”Embora metade dos glifos existentes na parte superior da página 74 do Códice não seja legível,distinguem-se os glifos nominais de quatro figuras visionárias dos Apocalipse bíblico de João(a peste,a guerra,a fome e a morte). Esses deuses são os seguintes: a Deusa da chuva,representada por um glifo calendarial duplo Ix-Cauac alado,ou seja,a “Senhora do Cometa”.Aparece ainda com o nome hieroglífico”A Grande Tecelã”.Pode ser interpretado iconograficamente como “chuva”.O Deus do Fogo.É representado pela cabeça de um animal,com um ornamento constituído do glifo calendarial Akbal(terceiro glifo do calendário sagrado Tzolkin)na testa e um círculo de cinco pontos.Deus das Inundações.É o glifo do Deus Chac,ou o Deus “B”na linguagem dos especialistas,esse glifo foi interpretado por Hochleitner no trabalho Inscrições sobre Terremotos(México,1980) como representando “inundação”. O Deus da Guerra.É uma variante do glifo nominal do deus da guerra.
Com relação ao Deus da Guerra é interessante comparar essa profecia com a profecia do Apocalipse da Bíblia,que diz que no fim dos tempos haveria uma terrível batalha-a de Armagedon,que deverá estar simbolizando uma futura guerra mundial.Mas a bíblia não fornece datas.Porém,Nostradamus não só indica que isso poderia bem acontecer como fornece a época de tais acontecimentos- o anos de 1999.O leitor percebe que essas indicações são convergentes,não importando o povo,o local e a época.
Uma vez identificadas no Códice essas características apocalípticas,surge uma pergunta:como os maias então calcularam isso tudo,baseando-se em eclipses e conjunções planetárias?
Não é possível apresentar aqui o processo completo por falta absoluta de espaço,mas Hochleitner,no seu trabalho,indica resumidamente como:”Quais seriam as bases e as fórmulas para calcular conjunções planetárias em geral e na Via Láctea em particular?Uma vez que a conjunção simultânea dos quatro planetas por si só é um fenômeno astronômico raríssimo,e mais ainda se ele estiver situado na Via Láctea,teremos que procurar uma solução,no próprio Códice,de como isso é feito.É nas chamadas Tábuas de Multiplicação que se encontra o processo através de elementos matemáticos simples e exatos para esse fim.”
Esclarecendo melhor: essas tábuas são apenas uma coleção de números,com seus múltiplos que representam ciclos astronômicos.Uma vez aplicadas a dois ou mais planetas em particular,dão o período sinódico desses encontros planetários.Tais ciclos muitas vezes são simplesmente o mínimo múltiplo comum entre os planetas.O ciclo,por sua vez,é fixado em datas do calendário mais para se calcular então a repetição do fenômeno.Porém,conforme a opinião geral dos especialistas,as Tábuas das páginas 61 a 73 não poderiam ser atribuídas diretamente aos períodos sinódicos desses quatro planetas.Então,como isso é feito?Vejamos,novamente,a opinião de Hochleitner:”Um método eficiente é constituído por cálculos independentes das conjunções Vênus-Marte e Júpiter-Saturno.Quanto o cálculo de ambos coincidisse no tempo(época) e no espaço(Via Láctea),o fim do mundo seria iminente!Ora,as conjunções Júpiter-Saturno são mais raras e regulares do que as de Marte-Vênus,e assim notáveis.Por isso pode-se admitir essa conjunção como base escatológica de cálculo.No que se refere à Via Láctea,temos que assinalar que ela sempre representou um papel mitológico importante nos povos antigos de nível cultural elevado.
“A Via Láctea cruza a abóbada celeste em duas partes.A parte mais visível possui na região equatorial celeste uma largura de aproximadamente 50 graus,encontrando-se entre os grua se longitude celeste 245 graus e 295 graus(ali estão estrelas importantes como Sírius,Prócion,as Três Marias do Orion e Aldebarã).A outra parte da Via Láctea situa-se entre os graus 95 graus e 120 graus,aproximadamente.O resultado de intensas e fatigantes observações astronômicas permitiu aos maias a fixação de datas(não só nos códices como também nas estrelas),desses encontros celeste,e assim formaram-se os princípios de cálculos de conjunções.”
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O Apocalipse dos Maias


ATENÇÃO PARA O COMETA HALLEY

É interessante notar que as conjunções Júpiter-Saturno repetem-se próximas dos intervalos Katuns,pois Júpiter se encontra dom Saturno a cada 7.182 dias(19 revoluções de Saturno e 18 revoluções de Júpiter).A diferença será 7.200-7.182=18 dias.Existem ainda pequenas irregularidades causadas pelos aparentes movimentos de retrocesso desses planetas no firmamento,porque a velocidade da Terra é maior do que a dos dois planetas.Ora,o número 7.182 é divisível por 54,o que significa que os números que se situam dentro e acima dos anéis são múltiplos de 54(com exceção do número 12),e portanto se relacionam com as conjunções Júpiter-Saturno.Para evidenciar isso ainda mais,a cada 3 ciclos de Katuns&7.200x3),ou 21.546 dias (ou 59 anos),Júpiter e Saturno conjugam dentro da via Láctea
“O Katun que termina com hieróglifo 7 Ahau pode ser,na Longa-contagem,9.7.0.0.0 ou 10.0.0.0.0 A primeira série se correlaciona com o nosso calendário na data de 4 de dezembro de 573d.C.,quando todos os planetas visíveis a olho nu(Mercúrio,Vênus,Marte,Saturno e Júpiter) se encontravam dentro da Via Láctea mas o Sol estava entre eles também o que os tornava invisíveis pelo ofuscamento solar.Esse é um agrupamento planetário superior ao de 1982 porque se situou na via Láctea,porém não entre eclipses.Na série seguinte(10.0.0.0.0),acontecida a 10 de março de 830 d.C.Júpiter se aproximou de Saturno a 15 gruas,mas fora da via Láctea.Restam ainda três datas na Longa-contagem em que ocorreram conjunções desses dois planetas na Via Láctea: 3 Ahau=12 de agosto de 869 distanciados 4 graus – 10 Ahau=2 de outubro de 928-distanciados 2 graus - 4 Ahau=21 de novembro de 987 – Júpiter,Satuno e Marte alinhados na via Láctea”.
Obs.: Como essa última data se aproxima bastante do conceito mais de fim do mundo,algo deveria ter então acontecido com eles.Realmente,por volta desse ano,toda a classe culta(sacerdotal) desapareceu sem deixar vestígios,constituindo um dos maiores mistérios em torno dessa civilização. Esse desaparecimento corrobora o que Hochleitner disse:que essa ciência calendarial apocalíptica era secreta!Hochleitner acrescenta a última parte de seu estudo: “De grande utilidade são as Tábuas de Multiplicação das páginas 63 e 64 e 70 e 71 do Códice de Dresden. A Tábua de base numérica 54 com múltiplos de 702 a 168.480,que servem para calcular futuras conjunções planetárias,bem como aparições de cometas,especialmente o de Halley.”Obs.: Para que se tenha uma idéia mais precisa das implicações desses dados,tomemos o ano de 1999 como exemplo.Esse é um ano bastante citado em diversas profecias.O cometa de Halley estar entre nós em fevereiro de 1986.Serão exatamente 13 anos de diferença entre as duas datas,e esse intervalo de tempo é um dos mais importantes ciclos cronológicos maias!Continuando:” Quando nós somarmos a data de 24 de junho de 664 d.C. ao número 14.040 (20 vezes 702) e se faz uma correção sugerida pelo próprio Códice o calendário(subtrair 356),chega-se à data de 24 de novembro de 1047 d.C.,em que ocorreu uma superconjunção de Vênus,Marte,Júpiter e Saturno na Via Lacta;o sinal do fim do mundo.”Obs.: Pudemos constatar indiretamente que nessa ocasião houve fortíssimos tremores de terra na Guatemala,o que,se não era o sinal do fim do mundo,para eles teria um efeito bastante parecido.Astrologicamente eles estavam desenvolvendo também um método de predição de terremotos pelos astros.
A Tábua de base numérica 65 com múltiplos de 1.820 a 109.200,úteis para pré-calcular conjunções múltiplas de planetas.”
A Tábua das páginas 63 e 64 do Códice,com múltiplos de 364 a 145.600 (400 vezes 364).São muito eficazes nos cálculos das estações(revoluções solares no calendário Haab) e também nas conjunções planetárias,sugerindo ser um sistema de refinamento de calculo,melhorando ainda mais os resultados obtidos nas tábuas acima descritas.”Obs.: Com relação à Tábua da base numérica 65,temos a considerar a conjunção ou a repetição de uma determinada posição celeste dos cinco planetas visíveis a olho nu.Hoje sabemos que é preciso decorrer 3.953.116.440 dias para esse retorno!
Vejamos:ele encerra exatamente 10.830.456 anos de 365 dias e 10.980.879 anos de 360 dias(o antigo ano terrestre ou o Tun dos maias),208.278 ciclos da Roda Calendarial(ciclos de 18.980 dias),4.826.760 ciclos de 819 dias(um ciclo especial dos maias)e,finalmente,15.204.294 ciclos do calendário sagrado Tzolkin.Esse período de encontro planetário que se ajusta exatamente a todos esses ciclos sem deixar resto(números fracionários) é extremamente remoto.E os maias tinham,sem dúvida,consciência disso.Com relação aos três calendários especiais,Hochleitner acrescenta: “Existem ainda dentro do Códice de Dresden,nas páginas finais(69 a 74),toda uma estrutura hieroglífica ,referente ao apocalipse maia.Lá estão três diferentes escalas calendariais diferentes das três tradicionais( o Haab solar,o Tzolkin e o calendário venusiano de 584 dias).Essas escalas lembram réguas de cáclo e sua função é o registro de ocorrências de catástrofes(meteorológicas sísmicas,vulcânicas,inundações,furacöes,etc.) ,baseadas em catástrofes realmente ocorridas no passado;o desenvolvimento de sua ciência astronômica permitiu o aprerfeiçoamento dessas escalas e tabuas de multiplicação,com a finalidade suprema da determinação do fim do mundo.Elas partem de determinadas datas:o sistema caldendarial escalar .
Aqui termina o trabalho de Hochleitner.Um pouco antes da redação deste artigo,fiquei curioso para saber se esses dados poderiam ser determinados com as informações astronômicas hoje disponíveis.Como Hochleitner não deu as possíveis datas futuras para esses acontecimentos,atitude bastante compreensível,pensei que pudesse colaborar com seus estudos e enriquecer os meus próprios.De que eu necessitava então,em resumo?
1) De dois eclipses,preferivelmente solares,com um intervalo de pouca duração entre eles e preferivelmente,na Via Láctea ou próximo dela.
2) Que entre esses dois eclipses houvesse pelo menos uma conjunção entre Júpiter e Saturno,preferencialmente próximo ou na via Láctea,e,se possível ainda,algum outro planeta próximo dessa conjunção,tal como Marte ou Vênus.
3) Que esses dois fenômenos ocorressem num período compreendido entre as duas datas finais do calendário maia(Thompson-Goodman-Hernandez em 2012 e Hochleitner em 1997).
4) Que esse fenômeno fosse precedido pela aparição de um cometa notável,preferivelmente o de Halley(que era bem conhecido dos maias). Parti então para os cálculos e cheguei à seguinte conclusão:Haverá somente uma conjunção entre Júpiter e Saturno entre 1997 e 2012.Ela acontecerá a 26 de maio do ano de 2000,próximo da via Láctea- nas bordas do halo mais rarefeito de estrelas.Marte entra por duas vezes em conjunção com Júpiter a 6 de abril do ano de 2000. e com Saturno a 15 de abril do mesmo ano.(portanto muito próximo da própria conjunção)

Se vai ocorrer o fim do mundo,nem eu nem ninguém em sã consciência poderá honestamente garantir.A designação”fim do mundo”é forte e perigosa.Estou convencido,pelo numero excessivo de evidencias esmagadoras (tomadas no conjunto),de qu3 nosso planeta conheceu periodicamente diverso cataclismos,e que diversas culturas avençada no passado ,como os maias,registraram tais fatos.Sendo assim,é mais do que natural que essas sociedades preocupassem em desenvolver sistemas calendariais para a predição da repetição desses fenômenos ,que são cíclicos que prometem voltar a determinados intervalos de tempo.Eu preferia substituir o temo “fim do mundo”por “fim de uma época”ou “fim de um ciclo”,caracterizado por manifestações violentas da natureza.Isso porque a vida embora muitas vezes transmutada,continuou.Somos as testemunhas vivas desse fato.
De qualquer forma,o brilhante trabalho do prof.Franz J.Hochleitner será mais uma fonte de referencia para todos aqueles que se preocupam com as coisas que acontecerão,talvez,num futuro não muito distante.E essa ;nova fonte foi apoiada em documentos arqueológicos e astronômicas,trazidos de longínquas civilizações,e não somente quadras obscuras,ambíguas e movediças de profecias famosas,como as do Apocalipse bíblico ou mesmo as de Nostradamus.Civilizações como a dos maias tinham consciência da mais nobre missão de todos aqueles que detêm o Conhecimento:a de estudar,informar e avisar!




Texto retirado da Revista Planeta,
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Págs.: 34 a 43

AGRADECEMOS AO PROFESSOR CARLOS DE SOUZA NEVES ,POR ESTA PESQUISA MARAVILHOSA DO LIVRO PROFECIAS COMPARADAS

OS AMIGOS AGRADECEM A ESSE AMIGO JA FALECIDO [2005]CARLOS DE SOUZA NEVES, PELO TRABALHO MARAVILHOSO DO LIVRO =APOCALIPSE E NOSTRADAMUS COMPARADOS .EXISTE NESSA LEITURA MUITAS PROFECIAS DE OUTRAS RELIGIOES....